O diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou que Thomas Crooks, que atirou contra o ex-presidente Donald Trump no último dia 13, pesquisou sobre o assassinato de John Kennedy dias antes de realizar o ataque. Wray depôs na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos sobre o atentado.
John Kennedy foi assassinado em 1963, quando era presidente do país, durante uma visita à cidade de Dallas, no Texas. Ele foi atingido por tiros enquanto desfilava em um carro aberto pela cidade.
Crooks teria pesquisado a distância do atirador de Kennedy no momento do ataque em relação ao alvo. A pesquisa ocorreu em 6 de julho. No mesmo dia, ele se registrou para participar comício de Trump.
Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy foi assassinado em 1963, durante uma visita a Dallas, no Texas — Foto: Walt Cisco/Dallas Morning News
O diretor da FBI disse parecer que não existia um padrão para as buscas do atirador de Trump e que ele pesquisava por “figuras públicas de forma mais ampla”.
Voo de drone horas antes do ataque
Ele contou que a investigação recuperou um drone do atirador. O equipamento realizou um voo cerca de duas horas antes do ataque. O FBI também recuperou explosivos que estavam no carro do atirador e na casa dele.
No pronunciamento inicial, o diretor do FBI reconheceu que há pontos em aberto sobre o ataque, mas disse que a investigação que está em andamento não deixará lacunas.
‘Ataque à democracia’
Christopher Wray — Foto: Kent Nishimura/Getty Images/AFP
Ele também disse que o atentado foi “um ataque à democracia do país”. Wray confirmou que foram encontrados oito cartuchos no telhado onde o atirador estava.
Na terça-feira (23), a diretora do Serviço Secreto do país, Kimberly Cheatle, pediu demissão. Ela assumiu total responsabilidade pela falha que permitiu a realização do ataque.
Segundo o jornal Washington Post, o Serviço Secreto está incentivando a campanha de Donald Trump a interromper comícios ao ar livre. A campanha do Republicano estaria buscando locais fechados, como arenas de basquete, para realizar eventos.