Acredita-se que os Houthis, do Iêmen, tenham afundado um segundo navio, o Tutor, no Mar Vermelho, informou a United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO) nesta terça-feira (18).
O cargueiro Tutor, de propriedade grega, foi atingido por mísseis e um barco controlado remotamente carregado de explosivos no dia 12 de junho, e estava afundando, de acordo com informações divulgadas anteriormente pela UKMTO, os Houthis e outras fontes.
“Autoridades militares relatam detritos marítimos e óleo avistados no último local relatado [do Tutor]”, ressaltou a UKMTO.
O responsável pelo Tutor não pôde ser contatado para comentar o caso.
Um membro da tripulação, que estaria na sala de máquinas do Tutor no momento dos ataques, continua desaparecido.
Os Houthis, grupo alinhado ao Irã, têm como alvo navios comerciais na região do Mar Vermelho desde novembro, no que eles dizem ser ataques em solidariedade aos palestinos.
O Rubymar, de propriedade do Reino Unido, foi o primeiro navio afundado pelos Houthis. Isso aconteceu em 2 de março, cerca de duas semanas após ser atingido por mísseis.
A declaração da UKMTO sobre o suposto naufrágio do Tutor ocorre uma semana depois que os Houthis danificaram seriamente o navio com bandeira da Libéria, bem como o Verbena, embarcação com bandeira de Palau, que estava carregado com material de construção de madeira.
Marinheiros do Verbena abandonaram o navio quando não conseguiram conter um incêndio provocado pelos ataques. O Verbena agora está à deriva no Golfo de Áden e vulnerável a um naufrágio ou novos ataques.
Os Houthis também apreenderam outro navio e mataram três marinheiros em outras ações desde novembro.
Os ataques de drones e mísseis Houthi forçaram as empresas de transporte a desviar os navios do Canal de Suez para uma rota mais longa ao redor da África, impactando o comércio global ao atrasar as entregas e aumentar os custos de envio.
Na segunda-feira (17), forças norte-americanas e britânicas realizaram ataques aéreos contra o Aeroporto Internacional de Hodeidah, no Iêmen, e a Ilha Kamaran, perto do porto de Salif, no Mar Vermelho, no que pareceu ser uma retaliação aos ataques contra navios da semana passada.