Os exames feitos em uma das mulheres que confeccionou o bolo e um familiar dela, um menino de dez anos, acusaram a presença de arsênio no sangue.
As primeiras perícias indicam que foi envenenamento a provável causa da morte de três mulheres após comerem um bolo numa confraternização familiar no dia vinte e três de dezembro em Torres, no litoral norte Gaúcho, na divisa com Santa Catarina. Os exames feitos em uma das mulheres que confeccionou o bolo e um familiar dela, um menino de dez anos, acusaram a presença de arsênio no sangue.
Ele é usado como conservante de couro, de madeira e também em inseticidas. Um dos policiais afirma que já sabe que se trata de um triplo homicídio, só que não se sabe ainda quem praticou e porquê e também não se sabe se foi proposital. Três pessoas faleceram e outras três estão internadas.
Os sintomas de envenenamento surgiram logo depois a ingestão do bolo. Crises de vômito, diarreia aguda, muitas dores abdominais e enjôos que são característicos de venenos como o arsênio ou arsênico. Esse produto deixa rapidamente a corrente sanguínea para se depositar no tecido e ele é armazenado no fígado, nos rins, nos pulmões e nos ossos.
Segundo a Polícia Civil, é preciso ter cuidado antes de afirmar que foi algo premeditado. O produto pode ter sido confundido com outro na hora do preparo, de acordo com o delegado responsável pelo caso. Os policiais civis realizaram hoje pela manhã mais buscas na casa dessa mulher que preparou o bolo, uma casa também no litoral em uma praia próxima, para tentar localizar algum frasco que contém esse veneno que foi detectado no sangue dessas vítimas.
Lembrando que o marido da mulher que preparou o bolo acabou falecendo em setembro por intoxicação alimentar e por isso a Polícia Civil investiga também esse caso. Na residência dela foi encontrado um frasco com ceticida. Ainda falta saber se ele continha arsênico.