O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro depôs a Polícia Federal após áudios vazados em que acusava a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal de irregularidades na condução da delação premiada.
A nova prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, após depor à Polícia Federal sobre áudios vazados, repercutiu entre parlamentares, especialmente da oposição ao longo desta sexta-feira (22). Senadores aliados ao ex-presidente sugerem que uma CPI seja instalada para investigar as acusações de crimes nas apurações do Supremo Tribunal Federal a cargo da PF. Eles têm apontado possíveis irregularidades na condução das investigações.
O que argumenta a oposição
Nas redes sociais, o senador Eduardo Girão, no Novo, defendeu a “prerrogativa constitucional” do Senado para investigar as acusações feitas por Cid nos áudios e anunciou que será proposto a criação a comissão. Ele ainda questionou porque um mesmo delegado faz os interrogatórios e disse que a CPI é necessária para “passar a limpo os abusos” que o STF é acusado de cometer e que poderia “macular a imagem de uma instituição bastante acreditada pelos brasileiros” como a Polícia Federal.
O senador Carlos Portinho escreveu que, em um Estado policialesco, primeiro, prendem e torturam, ou vice-versa, e deixam preso “até confessar o que querem ouvir”. Já o vice-líder do PL na Câmara, Alberto Fraga, também sugeriu que o delegado seja ouvido pelo Congresso Nacional.