A Polícia Militar do Rio vai abrir uma investigação interna para apurar a conduta de um agente que revendia fuzis de bandidos no mercado paralelo. A apuração ocorre após informações da delação de Ronnie Lessa à Polícia Federal, dentro do caso Marielle Franco.
Em um dos trechos, Lessa diz que montava fuzis e repassava as armas a Élcio Queiroz, que o ajudou a matar Marielle, mas que também levava os armamentos ilegais para um policial do 14º Batalhão, de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O homem foi identificado como Wallace Ferreira.
Segundo o portal G1, o ex-PM já responde pela importação ilegal de peças de fuzis em um processo que tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Lessa afirma na delação que o grupo recebia cerca de R$ 20 mil por mês com a venda das armas. O lucro seria de R$ 15 mil, e o restante o investimento para as peças dos fuzis.
Na delação, Lessa diz que conseguia montar rapidamente as armas e que havia até mesmo conteúdos na internet ensinando a fazer os procedimentos.
O que diz a PM?
Em nota, a Polícia Militar do Rio afirmou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a delação do acusado no âmbito do inquérito conduzido pela Polícia Federal. Assim que a Corporação tomar conhecimento da referida denúncia de maneira oficial, um procedimento apuratório será instaurado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar.
‘Destacamos que o comando da corporação não compactua e nem tolera quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos’.