O Parlamento Europeu reconheceu Edmundo González como presidente eleito da Venezuela, em uma decisão que pode ter consequências significativas para o governo de Nicolás Maduro.
Segundo o analista de Internacional Lourival Sant’Anna, esse reconhecimento pode abrir caminho para que países da União Europeia adotem sanções mais rigorosas contra a Venezuela.
A votação no Parlamento Europeu contou com 309 votos favoráveis, incluindo não apenas a extrema-direita, mas também a direita conservadora e a centro-direita. Os socialdemocratas, a esquerda e os verdes votaram contra a moção.
Reações na Espanha
O caso gerou repercussões interessantes na política espanhola. O primeiro-ministro Pedro Sánchez, um líder de esquerda socialista, recebeu Edmundo González em seu gabinete, além de ter concedido asilo ao político venezuelano. No entanto, o Partido Popular (PP), de direita, considera essas ações insuficientes.
O PP defende medidas mais drásticas, como a expulsão da embaixadora venezuelana de Madri e o retorno do embaixador espanhol em Caracas.
Além disso, o partido de oposição pressiona pelo reconhecimento oficial da vitória de González e de Maria Corina Machado como líder da oposição venezuelana.
Um dos líderes do PP, responsável pelas relações internacionais, chegou a afirmar que o governo espanhol trata a Argentina de forma mais severa que a Venezuela.
Essa declaração faz referência à recente ruptura diplomática entre Espanha e Argentina, após críticas do presidente Javier Milei a Pedro Sánchez.
O reconhecimento do Parlamento Europeu coloca pressão adicional sobre o regime de Maduro, que já enfrenta sanções internacionais e acusações de violações de direitos humanos.
A situação na Venezuela continua sendo um ponto de tensão nas relações internacionais, especialmente entre a América Latina e a Europa.
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