O acordo firmado entre a União Europeia (UE) e o Mercosul nesta sexta-feira (6) representa um marco histórico para o comércio internacional e uma significativa vitória diplomática para o Brasil. Américo Martins, analista sênior de Internacional da CNN, avalia o pacto como um avanço crucial para o livre comércio e o multilateralismo.
Após 25 anos de negociações, o acordo finalmente tomou forma, impulsionado pela persistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da diplomacia brasileira. No entanto, Martins alerta que o caminho para a implementação ainda enfrenta desafios.
Divisões na União Europeia
Enquanto Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, celebrava o acordo, o ministro do Comércio da França expressava oposição. “A França ainda vai trabalhar contra esse acordo”, afirmou o ministro, indicando que o país não pretende aderir ao pacto.
A resistência francesa se baseia em dois fatores principais: o protecionismo aos agricultores locais, que temem a competição com o agronegócio do Mercosul, especialmente o brasileiro; e as preocupações políticas internas do presidente Emmanuel Macron, que teme o fortalecimento da extrema-direita.
Próximos passos e perspectivas
Para ser efetivamente implementado, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu, onde todos os 27 países-membros têm direito a voto, e pelo Parlamento Europeu. Apesar da oposição francesa, Martins acredita que o país não conseguirá reunir apoio suficiente para bloquear o acordo.
“A França sozinha não consegue bloquear esse acordo, apesar da importância que o país tem dentro da União Europeia. Ela precisa de vários outros países que representem pelo menos 35% da população da UE”, explica o analista.
Embora o cenário seja promissor, Martins ressalta que o processo de implementação pode levar alguns meses ou até um ano. Apesar dos desafios, o acordo representa um passo significativo em direção ao fortalecimento das relações comerciais entre os dois blocos, com benefícios potenciais para ambas as partes.
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