Um tribunal de Israel manteve uma ordem para prorrogar a proibição das transmissões da Al Jazeera dentro de país por mais 45 dias. O governo israelense solicitou a prorrogação, e o Tribunal Superior de Israel aprovou na quinta-feira (12).
De acordo com o Tribunal Distrital de Tel Aviv, a decisão segue “uma revisão minuciosa dos argumentos escritos e orais apresentados pelas partes envolvidas”.
“…E após revisar cuidadosamente uma grande quantidade de material confidencial, chegou à conclusão de que o pedido (mandados emitidos contra a Al Jazeera) deveria ser concedido e que a extensão da validade das ordens conforme solicitada deveria ser aprovada”, diz a decisão do tribunal.
A CNN entrou em contato com a Rede Al Jazeera para comentar.
A Associação para os Direitos Civis em Israel (ACRI), a maior e mais antiga organização de direitos humanos de Israel, disse que a decisão do tribunal de aprovar as ordens contra a Al Jazeera “viola a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa” e o grupo considera recorrer ao Supremo Tribunal.
“A ACRI afirmou que as razões apresentadas para fechar o canal indicam que a liberdade de expressão não é meramente compatível com a segurança do Estado, mas é parte integrante dele. O governo está tentando controlar a narrativa, ditando o que pensamos, como pensamos e quem fornecerá informações. Essa é uma característica dos países não democráticos que desconsideram a segurança de seus cidadãos”, disse a ACRI em um comunicado escrito enviado à CNN nesta quinta-feira.
No início de maio, o gabinete israelense forçou o canal de notícias árabe a fechar suas operações em Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na época: “os repórteres da Al Jazeera prejudicaram a segurança de Israel e incitaram soldados das Forças de Defesa de Israel. É hora de expulsar o porta-voz do Hamas de nosso país”.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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