Antes do debate da CNN nesta quinta-feira (27), os aliados de Biden esperavam que o presidente fosse capaz de transmitir uma mensagem concisa sobre imigração para amenizar os ataques do ex-presidente Donald Trump a uma das questões politicamente mais tensas. Mas isso ficou aquém das expectativas.
“Ele manteve sua posição oficial. Acho que ele poderia ter expressado isso de forma mais enfática”, disse uma fonte próxima à Casa Branca à CNN.
“Ele precisa lembrar ao público americano seu histórico, tanto na fronteira quanto na ajuda a indocumentados de longa data. Ainda não fez isso”, disse outra fonte à CNN, chamando o momento em que Biden mencionou a imigração espontaneamente durante uma resposta sobre o aborto de “estranho e inútil”.
Pesquisas mostram que a imigração continua sendo uma questão importante para os eleitores, e Biden tem ficado repetidamente atrás de Trump nessa questão.
Nas últimas semanas, a Casa Branca tomou várias medidas para tentar virar o jogo contra Trump, anunciando várias medidas para reprimir as travessias de fronteira, ao mesmo tempo em que estendeu proteções aos cônjuges de cidadãos americanos que são indocumentados.
Os assessores de Biden não viam a imigração como uma questão decisiva para eles, mas o presidente estava preparado para abordar a questão quando levantada, inclusive apontando as ações tomadas pelo governo e o projeto de lei de segurança de fronteira que Trump rejeitou no início deste ano.
Biden citou repetidamente o projeto de lei de fronteira durante o debate de quinta-feira ao falar sobre imigração, culpando Trump pelo fracasso da medida.
“Acho que, dado o tempo limitado, ele atingiu um dos pontos mais importantes – quando trabalhou com o Congresso para apresentar um projeto de lei bipartidário sobre fronteiras, Trump afundou. E lembrou às pessoas que o legado de Trump é marcado pela separação familiar”, disse um defensor dos imigrantes à CNN.
Mas o defensor disse: “Biden precisa reforçar sua mensagem porque ele tem muitas coisas boas em que se apoiar, incluindo a autoridade moral sobre o assunto”.
Este conteúdo foi criado originalmente em Internacional.
versão original