Advogado explica que as empresas precisam dizer exatamente o que farão com dados do cliente e que podem ser responsabilizadas em alguns casos de vazamento.
A máxima de que informação é poder nunca foi tão verdadeira. E as empresas querem cada vez mais informações dos seus clientes. Mas será que estamos seguros com tanta gente sabendo tanto sobre nós? É a discussão no quarto episódio da série “Internet Segura?”, com Leopoldo Rosa.
CPF. Endereço. E-mail. Telefone. Tem dias em que a gente vai comprar um suco e parece que está comprando uma casa, tamanho o número de informações que empresas e comércios pedem aos clientes, cada vez mais. Por trás disso, estratégias de marketing que visam atingir o cliente de forma mais certeira e em canais diversos.
Você pode fornecer as informações pedidas. Mas não é obrigado e a empresa precisa explicar os motivos pelos quais precisa do seu dado. É o que diz a Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD. Como explica o advogado Guilherme Guimarães.
As empresas são responsáveis pelos dados que coletam dos clientes. E podem ser responsabilizadas em caso de vazamentos que prejudiquem as pessoas. Mas o cliente também pode solicitar a exclusão dos dados da base de uma empresa com a qual não quer mais se relacionar. E a empresa, a não ser que a lei a obrigue a manter os dados por algum motivo, tem que excluir.
Neste mês, a Lei Geral de Proteção de Dados completou seis anos e é a primeira legislação desse tipo feita no Brasil.