O Governo de Pernambuco assinou um decreto que declara situação de emergência em 117 municípios devido à falta de chuvas, em especial no Agreste e na Região Metropolitana do Recife. O decreto assinado pela governadora Raquel Lyra tem validade de 180 dias.
Segundo o Governo Estadual, já estão sendo implementadas ações de enfrentamento à escassez, como o monitoramento dos reservatórios, previsões climáticas e planejamento da assistência com carro pipa.
Com relação aos reservatórios que atendem ao Grande Recife, a barragem do Rio Goitá, em Paudalho, está com acumulação de apenas 4,6% do seu volume. Também é um destaque negativo a barragem de Utinga, no Cabo de Santo Agostinho, que está com apenas 9,7% do seu volume. Já no Agreste, a barragem de Jucazinho, em Surubim, é considerada em colapso, com acumulação em apenas 5,8 % de seu volume.
A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) afirmou que o primeiro trimestre de 2025 será seco na Região Metropolitana, na Zona da Mata e também no Agreste. No Sertão, pode ocorrer pancadas de chuva isoladas, mas concentradas em poucos dias, seguidos de períodos com dias secos.
O decreto é dividido em duas partes. A primeira homologa os decretos municipais de situação de emergência já em vigência, voltados para as zonas rurais dessas cidades. A segunda parte estabelece a situação de emergência nas zonas urbanas dos municípios. Vinte e seis cidades têm essas duas partes dos seus territórios contemplados no decreto.
E algumas das cidades de relevância para economia de Pernambuco que sofrem com essa situação são Caruaru, Gravatá, Ipojuca, Vitória de Santo Antão e Taquaritinga do Norte.