O ex-presidente da OMC e presidente global de operações da Ambipar, embaixador Roberto Azevêdo, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que a fase global atual ainda é de diagnóstico quanto à imprevisibilidade do mercado nos próximos meses
O Fórum Econômico Mundial está sendo realizado em Davos, na Suíça, com as atenções voltadas para o começo do segundo mandato de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a preocupação quanto à imprevisibilidade do mercado nos próximos meses.
O ex-presidente da OMC e presidente global de operações da Ambipar, embaixador Roberto Azevêdo, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Nadedja Calado no Jornal da CBN, destaca o cenário de incerteza. Segundo ele, a fase atual é de diagnóstico.
“Muita incerteza, estamos todos antenados, o mundo inteiro está ligado em Washington nesse momento, vendo essas medidas todas que foram anunciadas e sobretudo as que ainda não foram anunciadas. Eu acho que a fase atual é de diagnóstico, as pessoas estão tentando entender, já se tinha uma ideia geral do que ia acontecer, ele falou muito no período da campanha e depois de eleito mesmo, mas nós temos que traduzir as coisas que foram ditas antes para o que ele está fazendo. Por exemplo, na área comercial, ele falou tanto de aumento de tarifas, mas nessa primeira leva de medidas não teve nada de aumento tarifário, então estamos todos muito atentos”
Roberto Azevêdo também afirmou que a evolução da agenda do Acordo de Paris não deve ser perdida com a saída dos Estados Unidos. Ele destacou, no entanto, que haverá mais ruído e turbulência por causa de novas posições americanas, como um incentivo maior aos combustíveis fósseis.
“O sentido geral da agenda, no sentido de descarbonizar, de preservar o meio ambiente, de combater a mudança climática, eu acho que isso não muda, até porque já foi abraçado pelo setor privado, o setor privado não depende só do governo, ele responde também aos consumidores, responde aos anseios da opinião pública, cada país tem uma dinâmica, acho que a agenda como um todo vai continuar”.
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