O programa de checagem de fatos da Meta será substituído pelas ‘notas de comunidade’. Em entrevista ao Ponto Final, o antropólogo e professor da Universidade da Virgínia, David Nemer, fala sobre a novidade.
Nesta terça-feira (7), Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou o encerramento do programa de verificação de fatos. Em substituição, serão adotadas as notas de comunidade. Com esse novo recurso, os próprios usuários poderão adicionar pequenos textos ou correções em postagens com informações que considerarem falsas ou enganosas.
Zuckerberg afirmou que é hora de voltar às raízes e que o mecanismo atual tem muitos erros e ‘censura demais’. Ele também apontou a existência de ‘tribunais secretos’ em países latino-americanos que derrubam publicações.
Em entrevista ao Ponto Final, David Nemer, antropólogo de tecnologia e professor da Universidade da Virgínia, comentou o assunto. O especialista destacou as razões da proximidade entre Zuckerberg e Trump, além dos reflexos no Brasil.
‘O Mark Zuckerberg parece querer replicar o modelo de Elon Musk com essas notas de comunidade. A gente sabe que não funciona, muitas pessoas saíram do X porque contar somente com as notas está longe de ser uma questão eficiente para diminuir não só a desinformação, mas a toxicidade e os ataques. Infelizmente, Zuckerberg vê isso como uma possibilidade para se alinhar à questão do conservadorismo de Trump.’
Ouça a entrevista completa: