O governador Cláudio Castro afirmou que o estado não vai afrouxar a segurança pública. A declaração foi feita dois dias após a morte da médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello, no Hospital Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio.
Na manhã desta quinta-feira (12), moradores e comerciantes do Complexo do Lins, na Zona Norte, foram surpreendidos com a presença de blindados da Marinha posicionados no entorno do hospital onde a médica foi baleada.
De acordo com a Marinha, a partir desta quinta-feira, a força armada inicia uma operação com fuzileiros navais ao redor da unidade para garantir a segurança dos funcionários e pacientes. A ação não tem prazo para terminar.
De acordo com Castro, para evitar mais crimes, as leis precisam ser mais duras.
“É mais uma inocente que reitera o nosso compromisso de livrar a sociedade desses marginais. É importante que a gente tenha toda a forma de ajuda, mas também essa questão de armas, drogas, da audiência de custódia, das penas, sobretudo para crimes com quem porta fuzil, que já foi apresentado no Senado essa semana, para que a gente possa, sim, dar uma resposta efetiva à segurança pública”, disse.
Na última quarta-feira (11), uma criança de seis anos que estava a caminho da escola foi baleada em Vicente de Carvalho, também na Zona Norte do Rio. Allan Airam foi atingido no peito e está internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Segundo testemunhas, dois homens em uma moto passaram atirando em direção ao bar. O alvo do crime seria Pedro Paulo Monteiro de Oliveira, dono de uma choperia na região, porém, Allan acabou ficando no meio de um ataque a tiros e foi atingido.
O dono do bar chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
Com Allan, chega a 24 o número de crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio em 2024, segundo dados da plataforma Fogo Cruzado. Um levantamento feito pela reportagem da CBN aponta que, nos últimos 20 dias, 47 pessoas foram baleadas no estado do Rio, sendo que 16 morreram. Em média, são duas pessoas atingidas por dia.
A Polícia Civil investiga o caso e tenta identificar os criminosos responsáveis por esses crimes.