A busca por sírios desaparecidos continua depois que forças rebeldes libertaram prisioneiros da notória Prisão Militar de Saydnaya, nos arredores de Damasco, apelidada de “matadouro humano” pela Anistia Internacional.
A Defesa Civil Síria, também conhecida como Capacetes Brancos, disse em um comunicado na segunda-feira (9) que havia destacado cinco equipes especializadas para procurar celas secretas ou porões escondidos que pudessem conter prisioneiros adicionais.
A discussão sobre a possibilidade de milhares de detentos adicionais serem mantidos em níveis mais profundos da instalação circulou nas redes sociais. Essas esperanças foram reforçadas por uma postagem no Facebook da governadoria do interior de Damasco apelando para que os funcionários da prisão forneçam códigos de porta para chegar a locais inacessíveis adicionais.
No entanto, uma declaração de segunda-feira (9) da Associação de Detentos e Desaparecidos na Prisão de Seydnayah (ADMSP) chamou essas alegações de “imprecisas” e disse que todos os prisioneiros foram libertados ao meio-dia de domingo (8).
Mounir Al-Fakir, ex-detento de Saydnaya e sócio fundador da ADMSP, disse à CNN que a instalação contém um nível subterrâneo de celas, mas ele não acredita que haja camadas ocultas abaixo disso.
Al-Fakir disse que quando os rebeldes capturaram a prisão no fim de semana, eles viram pessoas em câmeras de segurança em celas que eles não puderam acessar inicialmente, pois estavam atrás de portas reforçadas. Eles foram libertados depois que o equipamento necessário chegou, ele disse. Al-Fakir estimou que cerca de três mil detentos foram libertados.
Os Capacetes Brancos disseram na segunda-feira (9) que continuariam procurando por áreas de detenção adicionais, sem sucesso até agora.