Os aparelhos podem ser ligados e desligados pelos agentes durante as abordagens. Na quinta-feira (5), Tarcísio defendeu as câmeras corporais e disse que elas também serão acionadas pelo Centro de Operações da Polícia Militar.
O governo de Tarcísio de Freitas ainda não esclareceu ao Supremo Tribunal Federal a compra de 12 mil câmeras corporais que permitem aos próprios agentes ligar e desligar a gravação durante a abordagem.
Na quinta-feira (5), Tarcísio defendeu as câmeras corporais e disse que os novos aparelhos também serão acionados pelo Centro de Operações da Polícia Militar. Ele ainda afirmou que haverá orientação para que as câmeras estejam sempre em funcionamento.
‘Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão, então eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tive, que não tem nada a ver com a questão da segurança pública, hoje eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade, do policial e nós vamos, não só manter o programa, mas ampliar o programa. Eu admito, estava errado, eu me enganei, não tem problema nenhum de chegar aqui e dizer para vocês que eu me enganei, que eu estava errado, que eu tinha uma visão equivocada sobre a importância das câmeras.’
Em entrevista ao Jornal da CBN, o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, afirmou que viu com entusiasmo a mudança de posicionamento de Tarcísio.
‘Foi muito bom que o governador tenha entendido a importância das câmeras em termos de valorização do policial, de preservação da vida do cidadão, do próprio policial, então eu entendo que é positivo e eu quero crer que o programa de câmeras será de fundamental importância para que a gente veja a diminuição da letalidade policial, que está muito alta em São Paulo, para que, enfim, a gente possa ter uma segurança pública mais cidadã em todo o Brasil.’
Sarrubbo comandou o Ministério Público de São Paulo no começo da gestão Tarcísio de Freitas e acompanhou a evolução dos dados de letalidade policial.
O secretário disse que esse aumento ocorre por conta do contexto ideológico adotado por alguns estados, sobretudo pela visão de alguns gestores de que ‘bandido bom é bandido morto’. Ele acrescentou que qualquer eficiência na segurança pública precisa passar longe da violência.