Hassan Fadlallah, membro do parlamento do Hezbollah, declarou nesta quinta-feira (28) que Israel violou o acordo de cessar-fogo ao atirar em civis que retornavam para suas aldeias ao longo da fronteira sul do Líbano com Israel.
“O inimigo israelense está atacando aqueles que retornam para as aldeias na fronteira”, disse Fadlallah aos repórteres, após uma sessão do parlamento, acrescentando: “Hoje existem violações por parte de Israel”.
A declaração foi feita após o Exército de Israel realizar disparos no sul do país, na manhã desta quinta-feira, alegando que “suspeitos” chegaram na região da fronteira.
Uma das fontes de segurança comunicou que duas pessoas ficaram feridas na área dos disparos.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.