Ao Jornal da CBN, o jurista Davi Tangerino explica o que pode acontecer a partir de agora, com o caso sendo encaminhado para o Ministério Público Federal.
A Polícia Federal vai encerrar nesta quinta-feira (21) o inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado em 2022. O objetivo era impedir que o presidente Lula assumisse o cargo, assim como vice, Geraldo Alckmin. Além disso, a intenção de alguns dos envolvidos era até mesmo matar os dois e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em entrevista ao Jornal da CBN, o professor de Direito Penal da UERJ e advogado criminal Davi Tangerino explica quais devem ser os próximos passos. A PF vai indiciar alguns dos envolvidos e, a partir disso, a decisão de continuar as investigações e até mesmo prender envolvidos é do Ministério Público Federal.
“O indiciamento é um ato administrativo que mostra que, baseado em investigações, é possível entender que tal pessoa é autora do crime. Ele não tem papel definitivo”, explica.
Além disso, o especialista comenta o novo depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, nesta quinta-feira (21). De acordo com o advogado, se for entendido que ele mentiu em delações anteriores, os benefícios podem ser anulados – mas não a delação – e as provas que ele fez podem ser usadas contra eles mesmos.
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