Um ouvinte trocou de emprego e está com uma renda maior, suficiente para fechar as contas, quitar dívidas e investir. Ele quer saber como fazer esse investimento mensal. Ouça a explicação de Marcelo d’Agosto.
Resposta:
Eu só começaria a investir na Previdência a partir do ano que vem. A prioridade agora é quitar os empréstimos e fazer uma reserva de emergência no Tesouro Selic, num fundo DI ou num CDB com liquidez diária. Por três razões:
Primeiro porque os juros no Brasil são muito altos e os juros dos empréstimos maiores ainda. Quitando os empréstimos é como se você estivesse fazendo uma aplicação com taxa muito acima do mercado.
A segunda razão é que o investimento na Previdência pode ser abatido da base de cálculo do imposto de renda. Na prática, então, você tem uma restituição do imposto, se fizer a declaração completa. Só que esse cálculo é com base na renda anual. Se você começar a investir agora no fim do ano, não vai conseguir juntar o suficiente para ter o benefício máximo. Daí a vai acabar usando o desconto padrão da declaração simplificada. Que não vai ser tão vantajoso como poderia
E, por fim, a reserva de emergência atrelada à remuneração da taxa Selic é importante para dar uma estabilidade e segurança para as suas finanças.
Resumo:
Quita as dívidas, especialmente as mais caras; faz a reserva de emergência em aplicações com liquidez diária com remuneração atrelada ao CDI. E, a partir do ano que vem, se planeja para investir na Previdência.