A Polícia Federal investiga novos elementos descobertos a partir de arquivos recuperados do computador e do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Arquivos teriam sido apagados dos dispositivos de Cid antes de serem apreendidos pela PF. Todo o material será anexado ao inquérito que trata da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. As informações foram recuperadas em outubro com a ajuda de um equipamento de rastreio israelense, chamado de Celebritti, que permite o acesso a arquivos deletados de celulares. O fator novo da investigação foi revelado nesta sexta, pela colunista do G1, Daniela Lima.
Por conta dos novos elementos coletados pela Polícia Federal, o fechamento do relatório dos atos golpistas, que pode resultar no indiciamento de apoiadores de Bolsonaro e do próprio ex-presidente, deve ser adiado em alguns dias. O documento deve ser entregue ao Supremo Tribunal Federal até o fim deste mês. O relator do caso no Supremo, ministo Alexandre de Moraes, é cobrado a dar respostas sobre a conclusão do inquérito sobre o golpe. O ministro, porém, deu mais tempo e permitiu que a Polícia Federal concluísse o relatório.
Agora, a Polícia Federal deve reavaliar as informações que já tinham sido coletadas no acordo de delação premiada de Cid. Isso porque, o ex-ajudante de ordens teria omitido elementos importantes da investigação. Para o advogado especialista em direito criminal e governança, Thiago Turbay, os novos elementos não devem comprometer totalmente o acordo de colaboração premiada de Mauro Cid.
“Se houvesse a colaboração premiada predefinindo os limites objetivos da sua extensão, aí sim haveria uma obrigação objetiva. Não é o caso. Essa abrangência irrestrita prejudica o sistema probatório. Não há razões para derrubar uma colaboração premiada que está faltante. Deve-se operar um dever especial de colaboração em que, sabendo informações objetivas que dizem respeito ao interesse da colaboração premiada, portanto, do acordo processual, convoca-se o colaborador para que se preste nova colaboração”.
Existe ainda a possibilidade de que Mauro Cid seja intimado a prestar novo depoimento à Polícia Federal, com base nos elementos descobertos nos aparelhos eletrônicos.A Polícia Federal investiga novos elementos descobertos a partir de arquivos recuperados de dispositivos eletrônicos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. As informações foram recuperadas em outubro com a ajuda de um equipamento de rastreio israelense, chamado de Celebritti, que permite o acesso a arquivos deletados de celulares. O caso foi revelado nesta sexta, pela colunista do G1 e apresentadora da GloboNews, Daniela Lima.
Todo o material será anexado ao inquérito que trata da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Os novos elementos coletados pela Polícia Federal acabaram adiando o fechamento do relatório, que pode resultar no indiciamento de apoiadores de Bolsonaro e do próprio ex-presidente. O documento deve ser entregue ao Supremo Tribunal Federal até o fim deste mês.
Segundo juristas ouvidos pela CBN, os novos elementos podem comprometer em partes a manutenção do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid. Isso porque, o ex-ajudante de ordens teria omitido elementos importantes da investigação. Mas, essa etapa ainda deve ser vista pela PF.