Tiago Rogero, jornalista e criador do Projeto Querino — podcast que agora se transforma em livro — fala sobre o desenvolvimento da iniciativa e abordagem das questões raciais nas diferentes gerações.
Em entrevista ao Fim de Expediente, Tiago Rogero, jornalista e criador do projeto Querino — que começou como podcast e agora se transformou em livro — fala sobre o desenvolvimento da iniciativa, que tem como objetivo trazer um olhar afrocentrado para a construção do Brasil.
Em relação à criação do ‘Querino’, Rogero explica o que é o olhar afrocentrado, foco principal do projeto.
‘A gente tenta olhar para a história do Brasil com o olhar das pessoas negras, qual que foi a participação das pessoas negras nos principais momentos da nossa história, e essa participação foi muito grande, foi muito decisiva, e também qual que foi a participação das pessoas brancas em algumas das coisas que resultaram em problemas que a gente enfrenta até hoje no Brasil. O fato de ser um país com tanta riqueza, com tanto potencial, mas com tanta pobreza, por que isso?’
O jornalista expôs que é mais fácil dialogar sobre questões raciais com as novas gerações, que já estão imersas em uma realidade de mudanças. Em contraste, as gerações mais antigas ainda carregam uma visão mais engessada sobre a temática. No entanto, ele acredita que esse é um processo contínuo.
‘eu acho que é mais fácil conversar com os jovens, porque os jovens já estão bebendo dessa grande e importantíssima revolução intelectual e cultural que aconteceu no Brasil, que são as políticas de ação afirmativa (…) hoje muitas escolas já estão trabalhando esse tema, embora aquém ainda do que eu acho que deveria ser, então esse é um conhecimento que já está mais, enfim, entremeado, entre essas mentes, mas para as pessoas das nossas gerações imagino que seja um pouco mais difícil, mas é um processo.’
Lançado neste ano, o livro ‘Projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil’ traz material inédito que aprofunda as histórias dos oito episódios do podcast.
Projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil — Foto: Divulgação
Ouça a entrevista completa:
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