O Ministério Público Eleitoral entrou com recurso contra a absolvição do governador do Rio, Cláudio Castro, acusado de envolvimento em desvios de recursos na Fundação Ceperj e na Universidade do Estado do Rio, a Uerj. Castro foi inocentado em julgamento em maio, assim como o vice, Thiago Pampolha, e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. O caso será analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A Procuradoria-Geral Eleitoral pediu a cassação do governador do Rio, Cláudio Castro, e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, do União Brasil, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. O documento é um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão que absolveu Castro e Bacellar de acusações de envolvimento em um suposto esquema de desvios de recursos na Fundação Ceperj e na Universidade do Estado do Rio, a Uerj. No julgamento, em maio desse ano, o vice-governador, Thiago Pampolha, do MDB, também foi inocentado.
No documento enviado ao TSE nessa quarta-feira, o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, destacou a gravidade do esquema e afirmou que as provas indicam abuso de poder econômico e político, com impactos na legitimidade das eleições. O entendimento é contrário ao da maioria dos desembargadores que julgaram o caso, em maio; na época, os magistrados apontaram que, apesar dos indícios, não houve impacto no pleito. Por isso, os réus foram absolvidos.
Em nota, o governador Cláudio Castro disse que se mantém tranquilo e confiante na Justiça e voltou a negar as irregularidades e qualquer repercussão eleitoral. O deputado estadual Rodrigo Bacellar também afirmou que está confiante e que a decisão do TRE se deu pela realidade dos fatos. O vice-governador do Rio, Thiago Pampolha, nega envolvimento no caso.