A partir desta sexta-feira, 1º de novembro, o Pix terá novas regras com o objetivo de combater golpes e fraudes. A principal mudança é o limite pré-determinado de transferências, no caso de chaves criadas em novos dispositivos.
Os valores ficam limitados a R$ 200 por transação, com limite total diário de mil reais. Outros dispositivos já cadastrados com os dados do cliente no banco poderão fazer transferências por pix com valores maiores. O cliente vai poder cadastrar os novos dispositivos e solicitar o aumento do limite ao banco.
A ideia é que bandidos não consigam fazer transferências, mesmo que com os dados do cliente, em novos dispositivos.
Segundo o BC, as medidas foram necessárias para tornar o PIX mais seguro. O professor de economia da UNB, César Bergo, lembra que agora os bancos deverão prestar informações à autoridade monetária sobre a segurança das transferências com o PIX.
Cabe aos bancos ainda gerenciar possíveis riscos e identificar transações atípicas de acordo com o perfil financeiro do cliente. A comunicação deve aumentar entre os bancos e os usuários dos apps, por exemplo.
Além dessas mudanças, que começam à meia-noite desta sexta, o Banco Central já anunciou novidades no pix para o ano que vem. Entre elas, o pix automático, a partir de 16 de junho de 2025. Nesta modalidade, o cliente vai conseguir deixar previamente agendados pagamentos, transferências ou pendências financeiras recorrentes, como pensão, contas de água, internet, academia, condomínio.
Nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, antecipou ainda que está em fase de testes o pix por aproximação. O projeto permite o pagamento por aproximação das maquininhas, semelhante ao uso de carteiras digitais com cartões de crédito. Com isso, o usuário não vai precisar abrir o aplicativo do banco para fazer os pagamentos.
De acordo com o Banco Central, atualmente, existem mais de 800 milhões de chaves pix registradas no país. A movimentação chega a mais de 5 bilhões por mês.