Questionada sobre o esforço da equipe econômica em contingenciar gastos, a presidente da Capes afirmou que educação e pesquisa são investimentos
Diante do esforço e do discurso do governo Lula em cortar gastos, a presidente da Capes, Denise de Carvalho, afirmou nesta terça-feira que são necessário de R$ 300 a R$ 500 milhões em 2025 para aumentar o total de bolsas de pós-graduação. Carvalho ressaltou que articuladores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior vão começar a conversar com parlamentares e o relator do Orçamento para garantir investimento na pesquisa. A manifestação ocorre diante do plano de expansão de quase 1,7 mil bolsas de mestrado e doutorado da América Latina, mas também em meio à pressão da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) que reivindica reajuste de 10% no valor pagos aos pesquisadores.
Questionada sobre o esforço da equipe econômica em contingenciar gastos, a presidente da Capes afirmou que educação e pesquisa são investimentos:
“Vou repetir o que o presidente Lula diz: quando falamos de educação, ciência e tecnologia não é gasto, estamos falando em investimento. Se o relator enviar esse orçamento, tenho certeza que o presidente Lula e o ministro Haddad não vão cortar. É preciso melhorar a educação básica no país sem perder de vista a formação de professores, graduados, mestres e doutores. E é para isso que o ministro Camilo Santana tem trabalhado, em não cortar o nosso orçamento. Isso é investimento para um país do futuro”, disse após plenária do G20.
No ano passado, a Capes conseguiu aumentar os valores das bolsas que estavam congelados por dez anos. Atualmente, bolsistas de mestrado recebem R$ 2,2 mil, e de doutorado, R$ 3,1 mil.
Por outro lado, o Ministério da Educação foi a principal pasta afetada pelo congelamento de R$ 15 bilhões, anunciado pela equipe econômica. O MEC teve corte de R$ 1,28 bilhão; a Capes, porém, não foi atingida.