O homem, que havia deixado o sistema carcerário 30 dias antes do crime, teve a prisão solicitada e está foragido. A Secretaria de Segurança Pública não revela a identidade dele e nem outros detalhes do caso para não atrapalhar as investigações.
Além do suspeito já identificado, a polícia acredita na participação de pelo menos mais três pessoas.
Um deles estava completamente queimado, na tentativa de ocultar digitais e demais provas.
O prefeito Aprígio sofreu um ataque a tiros na tarde de sexta-feira e permanece internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, com quadro de saúde estável.
O político, de 72 anos, estava no trecho urbano da rodovia Regis Bittencourt quando foi baleado com um tiro de fuzil, que perfurou o carro blindado e atingiu a clavícula do candidato.
A investigação não descarta crime político.
Nas redes sociais, o adversário de Aprígio neste segundo turno, Engenheiro Daniel, do União Brasil, lamentou o caso e pediu uma rigorosa investigação ao governador Tarcísio de Freitas. Ele informou que iria interromper a campanha até a conclusão do caso e recuperação de Aprígio.
Nesta segunda, aliados do prefeito Aprígio, em Taboão, se reúnem na Avenida Aprígio Bezerra da Silva, trecho municipalizado da Régis Bittencourt, para uma marcha com o propósito de demonstrar apoio e protestar contra a violência.
O encontro está marcado para 18h. A organização pede que os participantes vistam branco.
Após o atentado, candidatos do Podemos, mesmo partido do prefeito de Taboão, pediram à Justiça Eleitoral reforço de segurança às campanhas.
Farid Madi, candidato no Guarujá, entrou com o pedido após o Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo levar ao conhecimento do Ministério Público do Estado suspeitas de envolvimento de vereadores e agentes públicos com o PCC.
Interlocutores da campanha de Farid dizem que ele já anda escoltado desde o primeiro turno.
Já Marcelo Lima, candidato do partido à prefeitura de São Bernardo do Campo, pediu à Justiça Eleitoral e ao governador Tarcísio de Freitas reforço da segurança para ele e para o adversário Alex Manente, do Cidadania.
O deputado federal Alex Manente alega que a campanha foi alvo de ações de vandalismo. O carro dele foi pichado, o de uma apoiadora vandalizado e materiais de campanha destruídos.
Três suspeitos foram presos por furto de bandeiras do candidato.
Em nota, Manente culpou o adversário Marcelo Lima, que, de acordo com ele, “seria o único beneficiário das ações”.
Questionada, a Justiça Eleitoral ainda não respondeu se vai fornecer segurança extra aos candidatos.