O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou novas diretrizes para a implementação do modelo de pedágio eletrônico chamado ‘free flow’, que visa modernizar a cobrança de tarifas em rodovias. O sistema elimina a necessidade de praças físicas de pedágio.
Em entrevista ao Jornal da CBN, o Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, afirma que a medida já vinha sendo testada em algumas estradas do país, com resultados positivos:
‘Há um consenso sobre as vantagens desse modelo tanto do ponto de vista econômico para as concessões, quanto do ponto de vista também para o usuário. Então, por exemplo, ele ao eliminar as praças físicas de pedágio, permite maior fluidez do tráfego, diminui sinistros de trânsito’.
Adrualdo Catão explica que esse novo modelo permite uma ‘justiça tarifária’ ao cobrar os motoristas de acordo com a distância percorrida, tornando a cobrança mais justa. Além disso, a ausência de praças físicas de pedágio reduz os custos operacionais e, potencialmente, o valor das tarifas cobradas aos usuários.
Como funciona o ‘free flow’
O sistema funciona por meio de câmeras instaladas nos pórticos, que captam as placas dos veículos à medida que passam. O pagamento pode ser feito de duas maneiras: por meio de um contrato prévio com empresas que fornecem tags eletrônicas, ou através de um link disponibilizado no aplicativo da Carteira Digital de Trânsito, que centraliza as informações e facilita o pagamento das tarifas.
Nova regulação
A resolução aprovada pelo Contran prevê, entre outras coisas, a ampliação do prazo para o pagamento da tarifa, de 15 para 30 dias, além de outras medidas, como a obrigação das concessionárias de armazenar as imagens capturadas por, no mínimo, 90 dias, permitindo contestação em casos de erro.
Embora ainda não exista um prazo definitivo para a implementação total do modelo, a expectativa é que ele ganhe escala em futuras concessões de rodovias federais e estaduais.