Adriana Neves Castro foi detida em casa, em Itaguaí. Ela era apontada como a chefe do grupo.
Uma pessoa foi presa em uma operação da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio contra uma quadrilha que aplicava golpe milionário em planos de saúde empresariais. Adriana Neves Castro foi detida em casa, em Itaguaí. Ela era apontada como a chefe do grupo. Segundo as investigações, para aplicar o golpe, os criminosos contavam com a ajuda de um contador para criar empresas de fachada para dar credibilidade. Pelo menos 10 empresas falsas foram criadas.
Depois disso, os golpistas iam para lugares movimentados e ofereciam os planos de saúde simulando que eram funcionários dessas empresas que seriam especializadas em contratar planos empresariais. Entre 2019 e 2023, um convênio foi contratado para 778 empregados de oito empresas falsas – causando um prejuízo de cerca de R$ 11 milhões.
Os preços cobrados pela quadrilha eram muito maiores que os convencionais. Enquanto na folha, os serviços custavam R$ 800, Adriana cobrava mais de R$ 3 mil. Além da taxa da isenção da carência, a quadrilha ainda lucrava com a taxa de adesão. Em apenas seis meses no ano passado, os criminosos movimentaram mais de R$ 2 milhões.
A Polícia Civil vai ouvir testemunhas, entre elas, pessoas que contrataram os planos. O objetivo é saber se essas pessoas tinham conhecimento da fraude, como explica o delegado Angelo Lages.
A polícia suspeita que um médico especialista em cirugia bariatrica também participava do esquema. Ele seria o responsável por indicar seus pacientes para a contratação desses planos de saúde. Os suspeitos são investigados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro e já respondem pelo mesmo tipo de fraude em São Paulo.