O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou polêmica ao sugerir que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deveria ser “esperto” e buscar uma solução diplomática para o conflito com a Rússia.
A declaração foi feita durante coletiva de imprensa na Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o analista de internacional Lourival Sant’Anna, a posição de Lula implica que “ser esperto é abrir mão do território, é não defender a soberania do próprio país”.
O analista argumenta que, seguindo essa lógica, se o Brasil fosse invadido, Lula entregaria o território ocupado, uma conclusão que ele considera inaceitável.
Críticas à proposta de congelamento do conflito
Lourival também abordou a proposta, apoiada por Lula e originalmente apresentada pela China, de congelar o status atual do conflito. Essa ideia sugere aceitar a ocupação russa de 20% do território ucraniano como base para negociações de paz.
A embaixadora da União Europeia em Brasília, Marian Schuegraf, criticou essa abordagem, afirmando que ela vai contra a Carta da ONU e a decisão de 141 países na Assembleia Geral da ONU, que defenderam a soberania da Ucrânia.
O analista reforçou esse ponto, destacando que “se a Rússia parar a guerra, a guerra acaba. Se a Ucrânia parar a guerra, a Ucrânia é que deixa de existir”.
Questionamentos sobre a posição brasileira
Lourival questiona a legitimidade de Lula em aconselhar Zelensky sobre como lidar com a invasão de seu país.
Ele argumenta que a posição do presidente brasileiro é incompatível com a Constituição brasileira, que defende a soberania não apenas do Brasil, mas também de outros países.
Além disso, Lourival enfatiza que em nenhum momento a sobrevivência da Rússia esteve em risco, contestando a preocupação que Lula expressou sobre esse aspecto.
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