Os organizadores da vigésima sétima edição da Bienal Internacional do Livro em São Paulo classificaram o evento como um grande “sucesso”. Durante os dez dias de programação, os corredores do Distrito Anhembi, na Zona Norte da capital, ficaram tomados por leitores de várias idades.
Laura Ribas foi com os amigos e ficou encantada com o tamanho da estrutura. A estudante de 17 anos disse que guardou dinheiro para comprar livros no evento:
“Eu comprei bastante livros já, alguns que estão começando muito, porque é um evento que, querendo ou não, as pessoas vêm pensando com um dinheirinho reservado, né, para gastar um pouco nos livros mesmo. Vim com meus amigos, então estou aproveitando bastante”
De acordo com o balanço divulgado pelo mercado editorial de livros, o evento bateu recorde de vendas. Os temas de ficções de cura e as romantasias se destacaram entre títulos mais vendidos. O evento contou com quase 700 autores, sendo alguns com carreira promissora.
Thiago Benedicto, de 33 anos, publicou seu primeiro livro ano passado. Ele participou de outras bienais como leitor e, pela primeira vez, sendo autor de um livro sobre distopia:
“Meu livro é uma distopia, então eu tentei trazer uma jornada do herói com uma protagonista feminina. Eu escrevi esse livro em 2023, então ele já vai fazer quase um ano. É estranho porque é a minha primeira bienal como escritor, então assim, é uma visão totalmente diferente.
A gente tem um olhar muito mais… não sei, a gente vê do outro lado como que funciona, né? É diferente de você ver como leitor. Então a experiência está sendo maravilhosa, as vendas estão sendo muito boas”
A diretora executiva da organização da Bienal do Livro em São Paulo, Fernanda Garcia, disse que os espaços ficaram lotados diariamente, com filas para comprar livros e participar de ações do evento:
“Com muita gente comprando, você que rodava pelos estandes, filas para entrar nos estandes, fila para comprar os livros, muitos influencers fazendo vídeos daqui, booktalkers, tiktokers, instagramers, então foi um momento de muita visibilidade para o livro. Esse é o objetivo da Bienal, o objetivo da Bienal é jogar a luz no livro e na leitura, trazer um momento para que as pessoas pensem no livro, se interessem pela leitura”.
A Bienal do Livro contou com a participação de ministros brasileiros, como Margareth Menezes, da Cultura, e Camilo Santana, da Educação, que assinou a liberação de 50 milhões de reais para a compra de obras literárias para a educação básica.