O organizador do ato de 7 de setembro na Avenida Paulista, pastor Silas Malafaia, negou que o candidato Pablo Marçal, do PRTB, tenha sido barrado no carro de som onde estava o ex-presidente Jair Bolsonaro. Malafaia alega que Marçal chegou ao caminhão após o encerramento dos discursos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Ele é mentiroso. Eu fico admirado como um candidato a prefeito de uma cidade mente. Esse cara é tão megalomaniaco que ele quer tirar proveito em tudo. Ele chegou dois, três minutos depois que a gente tinha encerrado o evento. Então já estava encerrado, eu falei: ‘Ninguém sobe, encerrou’. Ele quer o quê? Ele queria subir pra quê? Para fazer corte, para lacrar? Para fazer videozinhos dele sendo ovacionado?”, afirmou Malafaia à CBN.
Em cima de mim não dá não. Primeiro que eu não tenho medo dele e manda ele usar o PLN (Programação Neurolinguística) dele para outro. Ele está pensando que está tratando com o idiota, que ele veio me manipular. Mentiroso!”, declarou o pastor.
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB estava em viagem internacional e chegou à paulista de helicoptero, enquanto Jair Bolsonaro discursava.
Em nota, informou que foi convidado pelo próprio ex-presidente, mas se surpreendeu com o impedimento do acesso ao caminhão.”Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo”, escreveu Pablo Marçal.
Além dele, outros dois candidatos à prefeitura de São Paulo participaram do ato convocado por bolsonaristas na Avenida Paulista.
Marina Helena, do Novo, e Ricardo Nunes, do MDB, subiram no trio. O atual prefeito, no entanto, ficou apagado no carro de som de Jair Bolsonaro. Ele apareceu tímido atrás de apoiadores e parlamentares bolsonaristas, enquanto o ex-presidente e o governador Tarcísio de Freitas eram anunciados e aplaudidos pelo público. A única menção a Nunes foi em uma música que, entre os versos, citava a presença do “prefeito da periferia e seu vice”.
Ricardo Nunes, do MDB, é oficialmente apoiado por Bolsonaro, mas o público bolsonarista tem abraçado a candidatura de Pablo Marçal
Ricardo Nunes saiu sem falar com a imprensa.
O prefeito chegou ao evento com o ex-presidente e com o governador Tarcísio de Freitas, mas os três não apareceram juntos publicamente.
Marina Helena, do Novo, declarou que estava no ato como cidadã.
“Não tem nada hoje mais importante do que o impeachment de Alexandre de Moraes, porque ele está rasgando a nossa Constituição. Até hoje eu só conheço uma candidata à prefeitura de São Paulo que defende o impeachment, seria bom perguntar para os outros”, declarou a candidata.
Perguntada sobre uma possível conversa com Nunes em cima do carro de som, a candidata do Novo questionou se alguém chegou a “ver” Ricardo Nunes, ironizando o fato de o prefeito evitar aparecer para os manifestantes. “Tava escondido. Mas eu to aqui”, finalizou a candidata Marina Helena. Interlocutores indicam que a campanha temia vaias ao atual gestor.