O provedor de internet Starlink, do empresário Elon Musk, despontou nos últimos dois anos como a principal forma de acesso via satélite no Brasil. Ele responde por 44,6% dos acessos, ocupando a primeira posição no ranking da Anatel. Na sequência está a também americana Hughesnet, com 37,6%. Os dados são de junho de 2024.
Em resposta, a Starlink informou que tomaria as medidas cabíveis e se comprometeu a fornecer o acesso de graça caso os atuais assinantes não consigam realizar os pagamentos.
A empresa não divulga o número de clientes no país. Ainda de acordo com o relatório de transparência da Anatel, são 215 mil contratos de fornecimento de acesso à rede. A mensalidade custa por volta de R$ 190, enquanto o equipamento (antena e roteador) sai por cerca de R$ 2 mil.
A Starlink se tornou uma opção viável em áreas remotas, onde a fibra ótica não chega. Ela tem um relevante mercado na região Norte, tornando-se muito popular entre empresas, escolas e órgãos públicos de cidades do Amazonas, por exemplo.
Ainda não se sabe qual será a postura da Starlink caso Alexandre de Moraes siga com a ideia de bloquear a rede X. A empresa impediria que os assinantes acessassem a plataforma social ou entraria em desobediência? Devemos descobrir esta resposta nas próximas horas.
Outras maneiras de bloqueio
Entre o que foi indicado na intimação do ministro Alexandre de Moraes está o pagamento da multa por descumprimento da decisão de retirar perfis do ar. Segundo Thássius, isso seria possível sem a necessidade do X fazer algo, porém pode não funcionar totalmente.
Uma das técnicas possíveis é a filtragem de URL, que seria possível para ‘bloquear’ do Brasil determinado usuário e URL. Outra seria o método Deep Packet Inspection, que ‘invade’ o acesso e provedor de internet do usuário, impedindo a solicitação final de entrada na rede social. No entanto, caso a pessoa mude o nome no X, as ferramentas podem não funcionar.