O economista e coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV, Gesner Oliveira, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca a qualidade técnica e a serenidade de Gabriel Galípolo.
O economista e coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gesner Oliveira, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Marcella Lourenzetto no Jornal da CBN, destaca três missões principais que Gabriel Galípolo terá na presidência do Banco Central: administrar a inflação baixa, preservar a autonomia do Banco Central e a agenda digital.
Gesner Oliveira detalha os desafios que passam pelos campos econômico e político. Ele destaca que Galípolo tem uma vantagem de ter um trânsito maior junto ao governo:
“O fundamental vai ser algo que ele já demonstrou ao longo da sua carreira e também como diretor do Banco Central, que é a qualidade técnica, a serenidade, a capacidade de entender os desafios de uma determinada conjuntura. Eu tenho a impressão que ele tem todas as condições de, ao mesmo tempo, ter um bom diálogo com o presidente da República e também ganhar a confiança do chamado mercado e da sociedade em geral pela boa capacidade técnica e independência”.
O presidente Lula indicou, nessa quarta-feira (28), o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, à presidência da instituição. A informação foi divulgada em declaração à imprensa pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o ministro, após o envio do nome de Galípolo como o indicado do governo federal, o Ministério da Fazenda vai preparar, em um ato contínuo, a indicação de outros três novos diretores.
Haddad ainda afirmou que a sabatina é uma atribuição do Senado e disse que cabe ao presidente da Casa decidir a data. Ele destacou, entretanto, que há uma sintonia com Rodrigo Pacheco e com Lula sobre a importância desta indicação.
Quem é Gabriel Galípolo?
Atualmente, Galípolo ocupa a função de diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele chegou a ser o secretário-executivo do Ministério da Fazenda – na hierarquia, o secretário-executivo é o “número dois”. Além disso, é um nome de confiança do ministro Fernando Haddad.
Se tiver o nome aprovado no Senado Federal, ele assume a presidência do Banco Central a partir de 2025 e cumpre mandato pelos próximos quatro anos.