Votação acontece em meio a depoimento de Ronnie Lessa, réu confesso da morte de Marielle Franco, ao STF.
O Conselho de Ética da Câmara deve votar nesta quarta-feira (28) a cassação do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. A relatora do caso no Conselho, Jack Rocha, do PT, deve recomendar a perda de mandato do parlamentar, que está preso com o irmão, Domingos Brazão.
Eles foram delatados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou o crime e fez acordo premiado com a Justiça.
O ex-PM apontou ainda a influência dos irmãos Brazão para trocar delegados que fossem contra os interesses deles em áreas dominadas pela família, além de atribuir ao conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, a decisão de matar Marielle.
Antes do depoimento, Ronnie Lessa pediu para falar sem a presença dos corréus – entre eles, os irmãos Brazão e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
O ex-pm Ronnie Lessa afirmou que aceitou matar a vereadora Marielle Franco por ganância. Segundo ele, os valores prometidos pelos irmãos Brazão pelo crime chegavam a R$ 25 milhões.
O ex-sargento disse ainda que esteve com os dois após o assassinato, ocasião em que o clima já era mais tenso pela repercussão do caso. Segundo Ronnie Lessa, Domingos Brazão garantiu que o delegado Rivaldo Barbosa controlava as investigações na Polícia Civil.