A delação foi homologada em março deste ano. Élcio de Queiroz, que dirigia o carro durante o ataque, também deve falar.
O ex-sargento da PM Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deve prestar depoimento nesta terça-feira (27) pela primeira vez desde que teve a delação premiada homologada, em março deste ano. Ele será ouvido depois de mais de dez dias de audiências sobre o caso no Supremo Tribunal Federal. Élcio de Queiroz, que dirigia o carro durante o ataque, também deve falar.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, devem assistir ao depoimento de Lessa. Eles foram apontados pelo ex-PM como envolvidos na morte de Marielle – os irmãos como mandantes e Rivaldo garantiria a impunidade das investigações. A expectativa é que Ronnie Lessa reafirme pontos da delação e que a Polícia Federal considera corroborados.
Já prestaram depoimentos até agora três policiais federais, o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, além do secretário municipal de Ordem Pública do Rio, o delegado Brenno Carnevale.
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, um ano depois do crime. Desde então, ele está em um presídio federal. Por quatro anos se manteve em silêncio e negando a participação no assassinato – mas depois confessou que matou Marielle e o motorista dela, em março de 2018.