A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira (16), o ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres, e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, por atuarem em operação da PRF durante as eleições de 2022, com o propósito de impedir que eleitores chegassem aos locais de votação.
Os indícios apontados pela PF são de que os dois, nas atribuições de suas funções, trabalharam para impedir o trânsito de eleitores do presidente Lula, que, na época, era candidato do segundo turno. A interferência a Lula aconteceu porque a maior parte das blitz ocorreram no Nordeste, onde o presidente tinha mais votos.
O ex-chefe da PRF é investigado por impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio, prevaricação por e ofender injustificadamente a investigação, procrastinando em prejuízo do investigado ou fiscalizado, segundo a PF.
O então ministro da Justiça, Anderson Torres, era chefe de Silvinei. Além dos dois, a PF também indiciou quatro policiais federais sob suspeita de terem restringido, impedido ou dificultado com o emprego de violência física ou psicológica, o exercício de direitos políticos dos eleitores.