O Brasil encerrou a participação na Olimpíada de Paris 2024 com 20 medalhas, o segunda melhor desempenho na história do país, atrás apenas de Tóquio 2020. No total, foram três ouros, sete pratas e dez bronzes. A participação rendeu ao Brasil o 20º lugar do quadro de medalhas e o 12º lugar entre os países com mais pódios.
Além do destaque para as mulheres, que ganharam a maior parte das medalhes para a delegação brasileira e ainda garantiram os únicos ouros do país, um outro ponto chamou a atenção: todos os medalhistas brasileiros participam ou já participaram do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual no esporte fomentado pelo Governo Federal.
Entre os 60 medalhistas brasileiros em Paris, apenas três não integram atualmente o quadro do programa: Gabriel Medina, bronze no surfe profissional, mas que já participou de dois editais; Larissa Pimenta, ganhadora de duas medalhas de bronze no judô, mas que teve o suporte federal durante dez anos da carreira; e Isaquias Queiroz, prata na canoagem velocidade, e que recebeu Bolsa Atleta durante 13 anos de sua carreira.
“Os números comprovam a importância do Bolsa Atleta para os atletas brasileiros. Fizemos bonito em Paris e quero parabenizar todos que representaram nosso país com muita determinação e paixão pelo esporte. Vamos seguir apoiando o esporte brasileiro para que a gente evolua ainda mais.”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca.
O investimento federal direto via Bolsa Atleta ao longo da carreira dos medalhistas é de R$ 24,4 milhões e com o número de bolsas concedidas chega a 398. Os medalhistas há mais tempo no programa são Rafaela Silva, do judô, contemplada em 15 editais; Caio Bonfim, da marcha atlética, 14 editais; Isaquias Queiroz com 13; Rosamaria, do vôlei, com 12; e Rebeca Andrade, também com 12.
“Isso demonstra não apenas o sucesso do programa, mas também nosso compromisso em apoiar consistentemente os talentos do esporte brasileiro, proporcionando as condições necessárias para que eles alcancem seu máximo potencial. O Bolsa Atleta é mais do que um incentivo financeiro, é uma garantia de que nossos atletas não estão sozinhos em suas jornadas e o que o Brasil valoriza e investe no esporte como instrumento de desenvolvimento e conquista”, disse a secretária Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Iziane Marques.
O programa
No começo de julho, o Governo Federal anunciou o reajuste de 10,8% nos valores do Bolsa Atleta. O benefício de patrocínio individual aos atletas é mantido desde 2005. O valor é creditado na conta específica de cada atleta na Caixa Econômica Federal. O objetivo é dar as condições mínimas para que eles possam se dedicar aos treinamentos e às competições.
Os valores repassados mensalmente aos atletas variam de acordo com as seguintes categorias:
- Atleta de base – R$ 410
- Estudantil – R$ 410
- Atleta nacional – R$ 1.025
- Atleta internacional – R$ 2.051
- Atleta olímpico ou paralímpico – R$ 3.437
- Atleta pódio – R$ 15 mil a R$ 16.629