Episódio de violência que resultou em 111 mortes aconteceu em uma penitenciária de São Paulo, em 1992.
A Justiça de São Paulo considerou constitucional o indulto do ex-presidente Jair Bolsonaro aos policiais militares que participaram do chamado massacre do Carandiru em 1992. Por 18 votos a 6, o órgão especial do tribunal pode livrar de punição todos os 74 policiais condenados por envolvimento na morte de presos na casa de detenção na Zona Norte da capital paulista.
No total, foram 111 pessoas mortas na ação da PM. Os condenados poderiam pegar penas entre 48 e 624 anos, referentes a 77 assassinatos com armas de fogo. Os policiais alegaram ter atirado em legítima defesa para se proteger dos presos, que estariam armados com revólveres e facas.
Com a decisão dos magistrados paulistas, o caso deve ser enviado de volta para a 4ª Câmara Criminal. O induto do ex-presidente Jair Bolsonaro aos policiais militares do caso do Carandiru também está sendo analisado no Supremo Tribunal Federal. O STF afirma que não há uma data para julgamento por julgamento ocorrer.
Os ministros devem referendar ou não a decisão liminar que suspendeu parte dos indutos aos policiais condenados. Lembrando que o massacre do Carandiru aconteceu em outubro de 1992, quando a polícia militar invadiu a casa de detenção na Zona Norte de São Paulo para tentar conter uma rebelião de presos.