Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou a líder da oposição María Corina Machado de ter “as mãos manchadas de sangue”, em relação às mortes durante protestos após o Conselho Nacional Eleitoral ter anunciado a reeleição dele. O governo venezuelano ainda não apresentou as atas da votação, mas Maduro que vai, sem dizer quando.
Ainda à imprensa, o presidente venezuelano afirmou que quer continuar o caminho que o ex-presidente Hugo Chávez que é o pai político de Nicolás Maduro. Ele diz, no entanto, que, “se o imperialismo norte-americano e o fascismo os obrigar”, não vai hesitar em “chamar o povo para uma nova revolução”, com outras características, “ainda mais radicais”.
Por sua vez, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que o Ministério Público tem registro, até o momento, de 1.062 prisões, durante os protestos, nos últimos dias, e depois desse anúncio, depois desse anúncio das eleições de domingo. Saab também acusou a extrema-direita de simular assassinatos e simular situações puníveis, como sujar as pessoas com ketchup, para criar uma impressão de violência. Segundo a oposição, a repressão às manifestações já deixou ao menos 16 mortos e mais de 100 feridos.
Os opositores, de acordo com Maduro, estão tentando derrubar o governo com o uso da violência nas manifestações. Edmundo González disse, na rede social X, que não há nada que justifique a cruel repressão contra os manifestantes a favor de uma mudança no país e salientou que exigir respeito pelos resultados de forma pacífica não é crime. Ele ainda não comentou as falas de Maduro.
A líder da oposição, María Corina Machado, em comunicado também na rede social X, pediu para que os manifestantes continuem mobilizados e pediu para que eles não baixem a guarda nem caia em provocações.