O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a utilizar a narrativa de uma suposta conspiração internacional contra seu governo após ser declarado vencedor nas recentes eleições presidenciais, segundo a analista de internacional da CNN Fernanda Magnotta.
Em pronunciamento após o anúncio de sua vitória pelo Conselho Nacional Eleitoral, Maduro fez repetidas menções a Juan Guaidó, ex-líder da oposição que caiu em descrédito, evitando citar seus atuais opositores diretos como Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
Estratégia recorrente
Magnotta destaca que esta é uma tática frequente do líder venezuelano: “A todo momento em que se vê ameaçado ou de alguma forma tendo a sua legitimidade questionada, ele resgata aquela carta na manga de que ele está sendo prejudicado por uma grande conspiração internacional que quer demovê-lo do poder para defender os seus interesses de exploração”.
A analista ressalta que, embora pouco embasado em evidências, este discurso encontra ressonância devido ao histórico de intervenções ocidentais na região. Maduro chegou a insinuar que o presidente argentino, Javier Milei, seria um “vassalo” de interesses estrangeiros, em resposta às críticas recebidas.
Cenário geopolítico
Magnotta alerta para as possíveis implicações geopolíticas desta situação, questionando se a Venezuela não se tornará um “microcosmos de disputa entre Estados Unidos e Rússia” na América do Sul. A especialista enfatiza que a Rússia é atualmente o principal aliado internacional do governo venezuelano, com a China em segundo plano.
O posicionamento de Maduro e as reações internacionais levantam preocupações sobre o impacto desta crise para a estabilidade regional e o equilíbrio de poder entre as potências globais na América Latina.
(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)
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