O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu nesta quinta-feira (25), com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Este é o primeiro encontro do democrata com um líder estrangeiro desde que desistiu da candidatura à reeleição.
A reunião e a visita de Netanyahu ao país também colocaram uma das questões de política externa mais tensas dos EUA primeiro plano Kamala Harris, provável candidata pelo Partido Democrata nas eleições e que também se reuniu com Netanyahu nesta quinta-feira.
Em comentários feitos diante de repórteres, Netanyahu agradeceu a Biden pelos “50 anos de apoio” a Israel e disse que espera trabalhar com o presidente americano pelo resto de seu mandato.
Uma foto compartilhada pela assessoria de imprensa do governo israelense mostrou que Netanyahu assinou o livro de visitas na Sala Roosevelt, da Casa Branca.
Pressão por acordo de cessar-fogo
A portas fechadas, Biden deveria pressionar Netanyahu a aceitar um acordo de cessar-fogo, disseram fontes à CNN.
Uma reunião planejada com as famílias dos reféns ainda mantidos em Gaza é vista como uma oportunidade de responsabilizar Netanyahu por seu compromisso de buscar um acordo de paz, afirmaram duas autoridades dos EUA.
Um membro da família que deveria comparecer à reunião desta quinta à tarde com Biden e Netanyahu pontuou à CNN que espera que o presidente use o cenário para exercer pressão séria sobre seu colega israelense — principalmente agora que Biden está livre dos fardos políticos de uma campanha de reeleição.
O que diz a Casa Branca
As diferenças restantes entre os negociadores do cessar-fogo entre Israel e o Hamas “são suficientemente estreitas para que, com algum compromisso e alguma liderança de ambos os lados aqui, acreditemos que podemos ultrapassar a linha de chegada”, disse à CNN o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
“Queremos que isto seja feito”, pontuou Kirby na “CNN News Central”, acrescentando que a administração Biden está pressionando os líderes de ambos os lados.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA também rejeitou nesta quinta a afirmação de Netanyahu ao Congresso americano na quarta-feira (24) de que “praticamente” não houve vítimas civis em Rafah além de um incidente, dizendo “é claro” que houve vítimas civis na cidade do sul de Gaza devido à campanha militar de Israel.
*Michael Conte e Sam Fossum, da CNN, contribuíram para esta reportagem