A PF faz por enquanto apurações preliminares e adota medidas de segurança em conjunto com o Ministério da Gestão e Inovação.
A Polícia Federal vai instaurar o inquérito para investigar a suspeita do ataque hacker que deixou o Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do governo federal fora do ar. Mas, antes, os investigadores precisam do relatório de incidentes sobre o que causou a instabilidade: se realmente uma tentativa de invasão no sistema ou se algum outro incidente cibernético. A PF faz por enquanto apurações preliminares e adota medidas de segurança em conjunto com o Ministério da Gestão e Inovação. A Abin, que é a Agência Brasileira de Inteligência, não participa das investigações por não ter atribuição no caso.
O suposto ataque hacker afetou nove ministérios, entre eles o próprio Ministério da Gestão e Inovação, e também o Ministério da Fazenda, além de outros dois órgãos, incluindo o Coaf. Nesta quinta-feira, em nota, o Ministério da Gestão informou que parte do problema causado pelo “grave incidente cibernético” foi solucionado com o restabelecimento do tramita gov.br que faz parte do Processo Eletrônico Nacional.
A ferramenta permite o diálogo entre órgãos do Governo Federal, estados e municípios, e voltou ao ar por volta de 17h30 de quarta-feira. O Ministério da Gestão e Inovação informou que as equipes de TI seguem trabalhando para normalizar o funcionamento do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) e afirmou que os outros 150 órgãos que utilizam o SEI não foram afetados.
O SEI está fora do ar desde as 11h de terça-feira. Na quarta, o Ministério da Gestão e Inovação enviou um comunicado aos órgãos em que falou sobre um “grave incidente de segurança cibernética” que afetou “várias soluções tecnológicas”, como o SEI. No informe, constava o aviso de não existia previsão de conclusão de reparo e havia o pedido para que os órgãos buscassem uma solução alternativa para não paralisar nenhum processo urgente, como o registro de serviços por telefone.