O ministro dos transportes, Renan Filho, defendeu que, em um ambiente de restrições fiscais, é necessário atrair investimentos privados.
A fala ocorreu uma semana após o governo anunciar o contingenciamento e bloqueio de 15 bilhões de reais do Orçamento. De acordo com o ministro, pastas como Transporte e Cidades serão as mais atingidas pelo contingenciamento.
Renan Filho prometeu 10 leilões de concessão rodoviárias em 2024, 12 em 2025 e 11 em 2026, totalizando 35 leilões nos próximos três anos. O número é bem superior ao que vem ocorrendo nos últimos 15 anos. Entre 2009 a 2023, foram 14 apenas concessões.
Renan Filho também afirmou que a pasta dele investirá 18 bilhões de reais em 2023, apesar do contingenciamento anunciado pelo governo federal.
‘Não importa quanto foi contingenciado, o que importa para o governo é quanto ele está investindo agora e quanto o governo anterior investiu. Eu tive a oportunidade de apresentar que, nos dois primeiros anos do presidente Lula, a gente já vai ter investido mais do que o governo Bolsonaro em quatro anos. Agora, isso precisa ser feito com sustentabilidade fiscal. Por quê? Porque investir mais é muito bom, garantindo sustentabilidade, porque essa garantia permite o arrefecimento das taxas de juros, o que estimula o investimento privado’, declarou.
Renan Filho, participou nesta terça-feira (23) de um seminário, em São Paulo, que discutiu os aprendizados da crise climática no Rio Grande do Sul para as cidades e o setor de infraestrutura.
O evento é apresentado pelo Grupo CCR e realizado pela editora Globo. Ele faz parte do ciclo de seminários “Brasil rumo à COP 30”. A COP 30 será realizada em Belém, já em 2025.
O ministro também defendeu que as obras de infraestrutura e transportes tenham como foco a resiliência aos eventos climáticos extremos.