O Banco Central (BC) publicou, nesta segunda-feira (22/7), ajustes no Regulamento do PIX, com aperfeiçoamentos nos seus mecanismos de segurança e com a nova data de lançamento do PIX Automático.
Pelas novas regras, o Pix Automático estará disponível a partir de 16 de junho de 2025. Inicialmente, o lançamento estava previsto para outubro deste ano, mas especialistas consideraram necessário um período maior de realização de testes para aperfeiçoamento da ferramenta. Este modelo de Pix permitirá que contas de água, luz, escola e outros serviços sejam pagas automaticamente, conforme a decisão do cliente.
Em relação à segurança, o PIX terá limite menor em aparelhos novos até usuário atualizar cadastro no banco. Medida vale a partir de 1º de novembro, só para aparelhos que nunca tiverem feito PIX, com limite de R$ 200 por transação e R$ 1 mil por dia valerá até cliente confirmar cadastro no banco.
Segundo o BC, a decisão visa minimizar o número de fraudes por meio dessa ferramenta. A medida dificultará, por exemplo, fraudes decorrentes de roubo ou golpes em que o criminoso adquire as credenciais da vítima, como login e senha, e consegue acessar a conta utilizando outros dispositivos ou celulares.
O especialista em cibersegurança Arthur Igreja alerta que a medida ainda não está em vigor e que os correntistas devem suspeitar de links que pedem para realizar o cadastro do próprio dispositivo. Isso porque a nova regra começará a valer somente em novembro.
‘Ainda nós não temos esse detalhamento de como vai ser esse cadastro dos dispositivos, então eu tenho certeza que também o comunicado de hoje mostra que isso terá que ser feito. Agora o detalhe, o como o Banco Central e as instituições certamente vão comunicar os seus clientes daqui até novembro para que a gente tenha uma espécie de passo a passo. Por enquanto não precisa fazer nada, porque eu não ficaria surpreso também, sai essa notícia de que agora precisa cadastrar dispositivos, já vai ter golpista mandando o link para as pessoas do tipo cadastre aqui o seu dispositivo para continuar fazendo Pix’, declarou.
A norma também determina algumas medidas de segurança por parte dos bancos, que deverão gerenciar riscos de fraude, identificando transações via pix atípicas, disponibilizar nos sites informações sobre como evitar fraudes, além de verificar pelo menos uma vez a cada seis meses se os seus clientes têm marcação de fraude junto com o Banco Central.