A partir de 2025, a Universidade de São Paulo terá entrevistas virtuais para confirmar a autodeclaração racial de candidatos pretos e pardos. O processo para todas as formas de ingresso, Fuvest, Enem USP e Provão Paulista, será unificado.
Para o próximo ano, a primeira etapa do processo de averiguação é a análise das fotografias dos candidatos, obrigatória a todos os que se autodeclararam pretos e pardos.
Duas bancas devem realizar a avaliação. Elas serão compostas por cinco integrantes, sendo um docente, um servidor técnico-administrativo, um aluno de graduação e um aluno de pós-graduação, ambos indicados pela Coligação dos Coletivos Negros da USP, e um representante da sociedade civil.
Se o candidato não for aprovado, as fotografias seguem para verificação na outra banca, que faz a avaliação sem saber da reprovação anterior.
Os candidatos que também não forem aprovados pela segunda banca são convocados para uma oitiva virtual.
Nesta etapa, o candidato deverá ler uma autodeclaração de pertença racial, que será gravada e avaliada por uma nova comissão, composta por cinco integrantes.
Caso seja necessário, novas oitivas virtuais podem ser realizadas.
No ano passado, dois modelos de entrevista foram utilizados pela Universidade – um presencial, para os aprovados na Fuvest, e um virtual, para os do Enem USP e o Provão Paulista. Eles geraram uma série de questionamentos e judicializações por parte de alguns candidatos.