O FBI identificou o atirador envolvido na tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump, durante um comício em Butler, na Pensilvânia. Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, era registrado no Partido Republicano, o mesmo de Trump. Crooks foi morto pelo Serviço Secreto logo após o ataque, em que utilizou um fuzil AR-15, uma arma semi-automática semelhante a uma AK-47.
O ataque, ocorrido por volta das 19h15 no horário de Brasília, resultou na morte de uma pessoa que assistia ao comício e deixou outras duas gravemente feridas. Trump foi atingido de raspão na orelha direita, poucos minutos após iniciar seu discurso. Vídeos publicados nas redes sociais mostram a parte superior da orelha do ex-presidente sangrando.
Durante o ataque, Trump falava ao microfone quando os tiros foram ouvidos. Ele levou a mão à orelha e se abaixou, enquanto agentes do Serviço Secreto corriam para protegê-lo no palanque. Depois, Trump foi erguido pelos agentes, levantou o punho em direção à multidão e foi retirado do local pelos seguranças.
Em comunicado, o Serviço Secreto afirmou que o agressor era um franco-atirador posicionado em um telhado de um edifício a cerca de 200 metros do local do comício. Trump, em uma rede social, afirmou que sentiu a bala rasgando a pele da parte superior da orelha. O porta-voz da campanha do candidato republicano disse que ele está bem e foi examinado em um centro médico local.
De acordo com a agência Reuters, o atirador morava a cerca de uma hora de distância do local do comício. A FAA (Administração Federal de Aviação) fechou o espaço aéreo sobre Bethel Park por “razões especiais de segurança”.
Quando Crooks tinha 17 anos, ele fez uma doação de $15 para o ActBlue, um comitê de ação política que arrecada dinheiro para políticos democratas e de esquerda. Essa doação foi destinada ao Progressive Turnout Project, um grupo nacional que incentiva democratas a votar. Além disso, Crooks se formou na Bethel Park High School em 2022 e recebeu um prêmio de $500 da National Math and Science Initiative.
Após receber alta do hospital, Trump deixou a cidade onde o atentado aconteceu. Seu avião pousou em um aeroporto de Nova Jersey na madrugada deste domingo.
O presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden, ligou para Donald Trump após o atentado. O conteúdo da conversa não foi divulgado pela Casa Branca. Biden também fez um pronunciamento pedindo a união do país e condenou o ataque. Além dele, a vice Kamala Harris, os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, e a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi – todos do Partido Democrata – repudiaram o atentado.
No Brasil, o presidente Lula classificou o episódio como inaceitável e afirmou que o atentado deve ser repudiado por todos os defensores da democracia. O ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, também prestou solidariedade e desejou pronta recuperação ao republicano.