O governo federal suspeita de irregularidade em metade dos pedidos de Auxílio Reconstrução no Rio Grande do Sul. Segundo a TV Globo, das 630 mil solicitações do benefício de R$ 5,1 mil, mais de 300 mil estão sendo investigadas.
O relatório indica que 150 mil pessoas não moram em áreas que alagaram; 152 mil não tiveram endereço confirmado e 2,7 mil solicitaram o auxílio em mais de uma cidade. Em alguns casos, os golpistas usaram até nome de mortos para tentar sacar o auxílio.
O ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, observou que um mesmo cadastro pode ter mais de um tipo de irregularidade ou inconsistência de dados.
O relatório do Ministério da Reconstrução revela também que os golpistas usaram os nomes de mais de 1,2 mil pessoas mortas para pedir o benefício
Segundo a Prefeitura de Canoas, um dos que tentaram fraudar o Auxílio Reconstrução foi Júnior Cechinel. Ele alegou morar em uma casa que tem outro dono. De acordo com a Polícia Penal do Rio Grande do Sul, até o dia 28 de maio, período da enchente, ele estava preso por furto em um presídio em Osório, no litoral norte do estado.
Sem saber que estava sendo gravado, ele ofereceu o serviço à equipe de reportagem da TV Globo, que fingiu querer comprar um endereço. O ex-presidiário oferece endereços para quem quer se inscrever no auxílio e embolsar o dinheiro indevidamente. Em troca, ele cobra R$ 550 pelo golpe.