Organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos
Polícia federal está nas ruas cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão na operação Última Milha, que investiga uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Abin paralela, como ficou conhecida, funcionou no governo do ex-presidente Bolsonaro e utilizava um equipamento para monitorrare celulares de policitos, autoridades e jornalistas.
Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo. Os nomes dos alvos ainda não foram divulgados.
Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.