Quando os Jogos Olímpicos de Tóquio terminaram era praticamente impossível pensar que a norte-americana Athing Mu ficaria de fora das Olimpíadas de Paris por questões exclusivamente técnicas. Mas aconteceu: a jovem que aos 19 anos ganhou duas medalhas de ouro no atletismo vive agora aos 22 anos a frustração de não conseguir se classificar para a disputa em Paris.
Nessa terça-feira (9), o nome dela não apareceu na lista de convocadas do time americano para a prova do revezamento 4×400 metros, uma das provas na qual ela ganhou a medalha de ouro em Tóquio. Era a última chance de estar nas Olimpíadas.
Mu não teve dificuldades para atingir o índice olímpico na prova em que é especialista, os 800 metros.
Já no Mundial do ano passado terminou em terceiro lugar com o tempo de 1 minuto, 56 segundos e 61 centésimos, mais de dois segundos e meio abaixo do índice de classificação.
Em setembro do ano passado, chegou a correr para 1:54,97, a melhor marca da carreira, melhor até que a do ouro olímpico em Tóquio.
Porém, Athing Mu nasceu nos Estados Unidos, um país que tem várias e várias atletas capazes de alcançar o índice olímpico.
Como em cada prova só pode haver três corredoras de um mesmo país, o jeito é fazer uma seletiva olímpica para definir quem se classifica.
E foi aí que veio a grande surpresa: no último dia 24 de junho, Mu tropeçou em uma oponente logo no início da prova, quando todas ainda corriam muito próximas umas das outras.
Foi ao chão, se levantou e correu até o fim, mas acabou em último lugar e perdeu vaga. Permaneceu até essa terça (9) aguardando um chamado para o revezamento, o que não aconteceu.