A Polícia Federal prendeu seis pessoas durante a operação Falso Egidio, para combater irregularidades contra a Caixa. O objetivo é desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes a programas de transferência de renda, com prejuízo estimado de R$ 10 milhões.
Os agentes cumprem 11 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Piauí.
A investigação conjunta, iniciada em abril de 2023, aponta a participação de um servidor e duas funcionárias terceirizadas da Xaixa, que foram cooptados pela quadrilha em troca de propina para realizar a liberação do acesso dos criminosos ao aplicativo CAIXA-TEM. Esse programa gerencia as contas digitais sociais da instituição financeira e é por onde são geridos os valores de benefícios sociais, entre eles o Auxílio Emergencial.
Logo depois da liberação realizada pelos funcionários, os criminosos se apropriavam das contas digitais dos clientes no aplicativo e desviavam valores oriundos de programas de transferência de renda.
Os criminosos abriram diversas contas bancárias em nome de moradores de rua, em clara situação de vulnerabilidade social, para receber os benefícios. Em seguida, os valores eram transferidos entre os integrantes da quadrilha.
Além do crime de integrar organização criminosa, os investigados podem responder pelos crimes de furto qualificado, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.