Os corpos de Júlia Santos de Oliveira, 17, e João Pedro Ramos, 20, foram encontrados na segunda (1º), em Itaguaí. À CBN, o engenheiro Gerardo Portella alertou sobre perigos de gases como monóxido de carbono.
Um laudo do Instituto Médico Legal confirmou que os dois jovens encontrados mortos em um carro em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, sofreram uma asfixia causada por um tipo de gás.
O caso aconteceu na noite de segunda-feira (1°) e as vítimas foram identificadas como Júlia Santos de Oliveira, 17 anos, e João Pedro Ramos, de 20 anos. O carro em que eles estavam foi localizado em uma rua sem saída. A polícia afirma que os dois não apresentavam sinais de violência e que o carro estava com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado.
Por isso, a principal hipótese da polícia é de intoxicação por monóxido de carbono, que é letal quando inalado em grandes quantidades. Júlia era considerada já desaparecida desde a manhã de segunda-feira e os familiares dela procuraram a delegacia da região depois de ela faltar à aula. Os parentes contaram que Júlia saiu de casa por volta das 7h. Depois disso, não respondeu mais as ligações e mensagens.
O engenheiro Gerardo Portella, especialista em gerenciamento de riscos e segurança, alertou sobre os perigos de gases como o monóxido de carbono.
“O monóxido de carbono é um gás incolor, sem cheiro, e ele tem a característica de se combinar com a hemoglobina, provocando uma sensação de relaxamento na pessoa, que muitas vezes impede ela de perceber que está sendo intoxicada. Esse gás é produzido a partir da queima, da chama aberta, da combustão. Todo aquele sistema para expulsar os gases da combustão precisa estar íntegro, porque se ele for perfurado, ou se se fizer, por exemplo, algum tipo de alteração para poder aumentar o barulho do motor do carro, e esse gás sair, entrar para dentro da área dos ocupantes do carro, então você está sob risco”, explica.
Júlia foi enterrada, na terça-feira (2), no cemitério de Itaguaí. O caso é investigado pela delegacia da cidade.